Aeroportos do país registraram cancelamentos e atrasos de voos no segundo dia de greve dos aeronautas, nesta terça-feira (20/12).
No aeroporto de Congonhas, em São Paulo, houve oito atrasos e seis cancelamentos no início da manhã. Pilotos, copilotos e comissários fizeram protesto nos corredores do terminal – eles levantaram placas com reivindicações por reajuste salarial.
A paralisação da categoria ocorreu entre as 6h e as 8h. Os trabalhadores pedem recomposição de perdas inflacionárias, melhorias nas condições de trabalho, definição dos horários de início de folgas, entre outras reivindicações.
No aeroporto de Guarulhos, também em São Paulo, foram registrados cinco atrasos de voos e nenhum cancelamento.
“A concessionária orienta os passageiros a procurar as companhias aéreas para saber o status dos voos”, informou o aeroporto em nota.
No Galeão, no Rio de Janeiro, houve atrasos e nove cancelamentos por causa da greve e, também, por causa do mau tempo na cidade.
No Distrito Federal, a greve convocada pelo Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA) reuniu um grupo de manifestantes, entre pilotos, copilotos e comissários de bordo, na entrada do setor de embarque doméstico do Aeroporto Internacional de Brasília.
A paralisação gerou pelo quatro atrasos na decolagem de Brasília. Mesmo com o fluxo intenso de passageiros, não houve registros de confusão no terminal aeroviário.
A reportagem entrou em contato com as assessorias de outros aeroportos do país e aguarda retorno.
Primeiro dia de greve
Na segunda-feira (19/12), alguns aeroportos brasileiros, como em Brasília, São Paulo e no Rio de Janeiro, tiveram voos atrasados e até cancelados. No Galeão e no Santos Dumont, no Rio, houve filas por causa da greve. Só no Santos Dumont, dois voos acabaram cancelados e cinco registravam atrasos pouco antes das 8h.
O mesmo ocorreu em Guarulhos e Congonhas, ambos em São Paulo. No total, Guarulhos chegou a ter 10 voos atrasados, e Congonhas, 16.
Em Brasília, pela manhã, houve quatro voos atrasados e um cancelado.
Greve pode continuar
Em nota, o Sindicato Nacional dos Aeronautas avaliou que o movimento do segundo dia de greve foi positivo, dentro dos limites determinados pela Justiça. O Tribunal Superior do Trabalho (TST) determinou que 90% da categoria deve continuar trabalhando.
“A greve continua amanhã, no mesmo horário, a não ser que as empresas apresentem uma proposta para renovação da convenção coletiva da categoria”, informou a entidade em nota.
O que diz a Anac
A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) orienta que “o passageiro prejudicado pelas consequências da greve procure individualmente as companhias aéreas para obter informações sobre voos atrasados e remarcação”.
Em nota, a Anac acrescentou que “está monitorando a situação e impactos possíveis na operação do país”.
A agência publicou uma lista de deveres das companhias aéreas em relação aos efeitos da greve.
Veja quais são:
1 – Manter o passageiro informado a cada 30 minutos quanto à previsão de partida dos voos atrasados;
2 – Informar imediatamente a ocorrência do atraso, do cancelamento e da interrupção do serviço;
3 – Oferecer, gratuitamente, de acordo com o tempo de espera, assistência material;
4 – Oferecer reacomodação e reembolso integral, cabendo a escolha ao passageiro, quando houver atraso de voo superior a 4h ou cancelamento.
Se a demora do voo chegar a 1h, o passageiro tem direito a comunicação, via internet ou telefone. Caso ocorram duas horas de atraso, ele também deve ter direito a alimentação. Atrasos de quatro horas ou mais dão o direito a hospedagem, se ocorrer pernoite no aeroporto.