O Ministério da Defesa usou recursos destinados ao combate à Covid-19 para compra de itens considerados de luxo, como filé mignon, salmão, picanha e bebidas alcoólicas, por exemplo. A informação foi divulgada pelo Jornal de S. Paulo com a partir de uma auditoria do TCU (Tribunal de Contas da União).
De acordo com o levantamento sigiloso da Selog (Secretaria de Controle Externo de Aquisições Logísticas) foram gastos R$535 mil com itens de luxo.
A investigação foi autorizada pelo ministro Walton Alencar Rodrigues, relator do caso na corte. A auditoria buscava investigar os gastos suspeitos de gêneros alimentícios desde 2017. O relatório aponta que os gastos ferem o princípio da moralidade no art. 37 da Constituição Federal,que trata da integridade nas compras públicas.
“Ressalte-se que, dos recursos destinados ao combate à pandemia covid-19 utilizados indevidamente para aquisição de itens não essenciais (aproximadamente R$ 557 mil), 96% foram despendidos pelo Ministério da Defesa”, revelou o levantamento — esse porcentual representa os R$ 535 mil”, afirmou o relatório do TCU.