O Tribunal do Júri de São Luís condenou Welisson Rodrigues Sousa, conhecido como “Cascudo”, a 21 anos, quatro meses e 15 dias de reclusão pela morte de sua avó Maria do Nascimento Rodrigues Abreu, na noite do dia 11 de fevereiro de 2019, na residência da idosa, com quem ele morava há 10 anos, no bairro Mauro Fecury I, na área Itaqui Bacanga. A motivação do crime teria sido porque a vítima se recusou a dar dinheiro para o denunciado pagar dívidas de drogas.
Welisson Rodrigues, 30 anos, foi condenado por homicídio triplamente qualificado por motivo torpe, meio cruel e feminicídio, praticado contra pessoa maior de 60 anos. O julgamento ocorreu nesta quinta-feira (24), no 3º Tribunal do Júri, durante as atividades da Semana “Justiça pela Paz em Casa, que acontece em todo o país, intensificando as ações de combate à violência contra a mulher. Além de júri popular, estão ocorrendo audiências nas varas especializadas e competentes em Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher, e atividades externas como cursos, oficinas, simpósios, entre outras.
O juiz José Ribamar Heluy Júnior, titular da 3ª Vara do Júri, negou ao acusado o direito de recorrer da decisão em liberdade e o réu foi levado de volta à Penitenciária de Pedrinhas, onde está preso desde o início da ação penal. Welisson Rodrigues também possui antecedentes criminais, com uma condenação na 5ª Vara Criminal de São Luís. Ele não quis acompanhar o julgamento desta quinta-feira (24) e também não foi interrogado no plenário do júri porque usou o direito de ficar em silêncio.
Na acusação atuou o promotor de Justiça, Samaroni Maia, e na defesa, o defensor público Victor Hugo Siqueira. Durante o julgamento, foi ouvida apenas uma testemunha, o policial militar que efetuou a prisão do acusado, na cabeceira da ponte do São Francisco, dois dias após o crime. A viatura da polícia foi acionada para atender uma ocorrência e, chegando ao local, encontrou o acusado detido por populares.
Conforme o promotor de justiça, perante a autoridade policial, Welisson Rodrigues confessou o crime. Consta na denúncia do Ministério Público que na noite do crime, o denunciado chegou alcoolizado em casa e pediu dinheiro à avó para pagar uma dívida de drogas. Como a vítima não atendeu ao pedido, o neto insistiu, tendo ela se recusado novamente. O acusado, então, deu uma “gravata” na idosa e, em ato contínuo, estrangulou a vítima com um punho de rede, fugiu do local e ficou perambulando pela região do Centro Histórico de São Luís.
Ao depor durante o julgamento, o policial militar que efetuou a prisão do acusado disse que o denunciado ao chegar na delegacia estava lúcido e confessou ter assassinado a avó. O corpo da idosa foi encontrado por outro neto da vítima somente dois dias após o crime.