Asteroides, meteoroides e cometas orbitam o Sol em uma velocidade altíssima, algo entre 40 mil e 266 mil quilômetros por hora. Quando atingem a atmosfera da Terra nessa velocidade, até fragmentos tão pequenos quanto um grão de areia podem aquecer instantaneamente e ionizar os gases atmosféricos. A partir disso, surge uma bolha de plasma que brilha intensamente ao mesmo tempo que vaporiza a rocha espacial de fora para dentro. Esse fenômeno luminoso é chamado de meteoro. Então, o meteoro em si é apenas o fenômeno luminoso, não é sólido, não é líquido e nem gasoso, é apenas luz. Popularmente, também é chamado de estrela cadente.
De onde vem os meteoros?
Meteoros vem dos asteroides, meteoroides, cometas ou de fragmentos deles.
Quais são as características de um meteoro?
De maneira geral, quanto maior o objeto, mais luminoso será o meteoro, e quando sua luminosidade supera o brilho de Vênus, o meteoro é comumente chamado de fireball ou bola de fogo. Algumas vezes, dependendo também da velocidade e do ângulo de entrada, o meteoroide ou asteroide é grande o suficiente para atingir as camadas mais densas da atmosfera. Nesses casos, além de formar uma bola de fogo mais espetacular, o meteoro geralmente termina com um evento explosivo. Esse tipo de meteoro também é chamado de bólido, e popularmente, também é associado ao “sinal dos tempos”, “Jesus voltando” e outras profecias apocalípticas. Embora seja raro, os fragmentos que conseguem passar pela atmosfera e chegar em solo são chamados meteoritos e são de grande importância para a ciência. Confira abaixo algumas definições de acordo com a terminologia dos meteoros aprovada pela IAU (União Astronômica Internacional):
Asteroide
Corpos rochosos e metálicos que possuem órbita definida ao redor do sol. Fazem parte dos corpos menores do sistema solar. Tamanho de um metro até centenas de quilômetros.
Cometa
Corpo sólido constituído por gelo, rochas e gases congelados. Fragmentos de sua constituição são deixados ao longo de sua trajetória em órbita do sol. Composto por um núcleo, coma e cauda.
Meteoroide
Corpo sólido natural menor que um asteroide no espaço interplanetário. Tamanho de 30 mícrons à um metro.
Chuva de meteoro
Evento periódico anual causado pela entrada de pequenos fragmentos de comenta quando a Terra cruza a órbita desses corpos. Recebem o nome da localidade ou constelação do céu (radiante), na qual os meteoros se originam.
Meteoro
Luz e fenômenos associados (calor, choque, ionização) causado pela entrada em alta velocidade de um objeto sólido proveniente do espaço em uma atmosfera gasosa. São popularmente conhecidos como “estrelas cadentes”.
Bólido ou Fireball (“bola de fogo”)
Meteoro mais brilhante que Vênus (magnitude visual -4) a uma distância de 100 km. O bólido indica um evento explosivo. Dezesseis câmeras do Clima ao Vivo, da Bramon e de usuários registraram um fireball no dia 14 de janeiro de 2022. Clique aqui e veja o vídeo exclusivo!
Superbólido
Meteoro mais brilhante do que uma magnitude visual de -17. Indica provável geração de meteoritos (meteoro que chega ao solo e pode ser encontrado detritos dele). Super bólido sempre são explosivos, grandes e muito luminosos.
Oito câmeras do Clima ao Vivo em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul registraram um superbólido no dia 01 de outubro de 2020. Imagens incríveis! Clique aqui e confira o vídeo exclusivo!
Outros superbólidos
Veja outro super bólido registrado em 14 cidades do Nordeste no dia 16 de junho de 2022. Clique aqui e confira o vídeo inédito!
Também registramos um superbólido em quase 30 câmeras de Minas Gerais, São Paulo e Paraná no dia 03 de agosto de 2022. Inclusive, este bateu recorde de capturas em câmeras do Clima ao Vivo. Clique aqui e confira o vídeo inédito!
Meteorito
Material remanescente de um corpo sólido natural como meteoroide ou asteroide, grande o suficiente para sobreviver à entrada na atmosfera e atingir o solo.
Meteoro diurno que gerou meteorito
Inclusive, na manhã do dia 19 de agosto de 2020, as câmeras do Clima ao Vivo registraram um meteoro diurno que gerou um meteorito de quase 40 quilos, encontrado em Santa Filomena/PE. Clique aqui e confira o vídeo do meteoro cruzando o céu de várias cidades do Nordeste durante o dia!
Por que existem poucos registros de meteoros diurnos?
Meteoros diurnos são eventos raros, pois para serem visíveis precisam ser muito grandes, caso não sejam, são ofuscados pela luminosidade do dia. Clique aqui e veja o maior meteoro diurno registrado pelo Clima ao Vivo!
Onde caiu o meteoro que matou os dinossauros?
O meteoro gigantesco que causou a extinção dos dinossauros caiu próximo do porto de Chicxulub no México. Muitas pessoas acreditam que os dinossauros morreram com o impacto do meteoro sobre a Terra, mas foi pelo fato do meteoro ter caído em cima de uma reserva de petróleo muito grande.
Para exemplificar a dimensão desse acontecimento, ele foi muito mais intenso que o impacto de várias bombas nucleares juntas, pois ao queimar o petróleo, espalhou aproximadamente 1.7 bilhões de toneladas de fuligem na atmosfera. As temperaturas globais despencaram com essa enorme quantidade de fuligem e fumaça, causando um desequilíbrio climático e uma reação em cadeia que extinguiu 75% da vida no planeta. Alguns cientistas acreditam que se o meteoro tivesse caído em algum outro local, a possibilidade de gerar uma extinção em massa poderia ter sido muito baixa.
Publicada por Thalyta Araújo em 09/05/2023
FONTE:Clima Ao Vivo