O vírus é prevalente entre macacos, extremamente raro, mas pode ser mortal quando transmitido para humanos.
O homem infectado trabalhava em um instituto chinês de pesquisa especializado em reprodução de primatas. Ele havia trabalhado na dissecação de dois macacos mortos no mês de março.
Um mês após sentir náuseas, vômitos e febre, ele morreu, no dia 27 de maio. Os pesquisadores encontraram evidências do vírus do herpes B, depois de análise de suas amostras de sangue e saliva.
SISTEMA NERVOSO CENTRAL
Em entrevista ao Washington Post, o especialista em doenças infecciosas da Universidade Kobe, Kentaro Iwata, disse que o vírus em humanos pode atacar o sistema nervoso central e causar inflamação no cérebro, levando à perda de consciência, explicou. Se não for tratada, a taxa de mortalidade é de cerca de 80%.
Até hoje, ocorreram menos de 100 relatos de infecções humanas de herpes B. O primeiro caso foi registrado em 1932.
Muitos dos casos são identificados na América do Norte, onde os cientistas tendem a estar mais atentos à doença, disse Iwata. As vítimas costumam ser veterinários, cientistas ou pesquisadores que trabalham em contato direto com primatas e podem ser expostos a seus fluidos corporais através de arranhões, mordidas ou dissecações.