Idosa maranhense comemora 120 anos e ganha duas festas de aniversário em Bacabal, no MA
Isabel Alves de Carvalho, conhecida por Dona Belinha, recebeu o carinho de amigos e parentes durante a comemoração do seu aniversário, no domingo (15). A maranhense nasceu dois anos antes da japonesa considerada a pessoa mais velha do mundo pelo Guinness Book.
Por Nelyane Gomes*, G1 MA — São Luís
Isabel Alves de Carvalho completou 120 anos no último domingo (15)
Com direito a duas festas de aniversário, Dona Belinha celebrou mais um aniversário ao lado da família e de amigos (veja o vídeo acima). A centenária nasceu em 15 de agosto de 1901, no primeiro ano do século XX, na cidade maranhense de Coelho Neto, mas foi registrada em Caxias.
A idade avançada da idosa despertou nos familiares o interesse em buscar reconhecimento do Guinness Book, como a mulher mais velha do mundo. Até a última edição da publicação, em 2019, o título está com uma japonesa de 118 anos.
Isabel Alves de Carvalho completou 120 anos neste semana. — Foto: Arquivo pessoal
Isabel Alves de Carvalho tem 120 anos e nasceu em 1901. — Foto: Arquivo pessoal
Por conta da idade avançada, Dona Belinha desenvolveu alguns problemas de saúde como perda da visão, dificuldades de audição e há oito anos, ela também não se locomove sozinha. Além disso, a idosa vive sob cuidados médicos devido ao Alzheimer.
Mesmo assim, o problema relacionado ao Alzheimer não fizeram Dona Belinha esquecer passagens bíblicas e orações (veja o vídeo mais abaixo). Segundo o filho, a idosa, que é evangélica há mais de 50 anos, faz os agradecimentos todos os dias antes das refeições.
As comemorações pelo aniversario de Dona Belinha já se tornaram tradição na vizinhança. Todos os anos, os familiares e amigos se reúnem e fazem vaquinha para festejar a data.
A vizinha e amiga de confiança de Dona Belinha há quase 30 anos, Maria dos Reis é a principal responsável pela organização das festas. Ao G1, ela falou sobre a relação de amor e carinho que tem com a idosa.
“Ela merece! Ela foi uma mulher muito batalhadora, muito guerreira. Quando cheguei aqui ela já não enxergava mais e desde então me dedico para cuidar dela e retribuir a confiança que ela teve em mim e no meu marido”, disse Maria Reis, amiga de Dona Belinha.
Josilea Matos Furtado, amiga e vizinha de Dona Belinha, durante a festa de aniversário da idosa. — Foto: Arquivo pessoal
A idosa também despertou carinho dos moradores mais recentes. Há menos de cinco anos, Josilea Matos se mudou para o local e fez amizade com Dona Belinha, e hoje ela é uma das organizadoras do tradicional aniversário da centenária de Bacabal.
“Desde que me mudei para cá eu passei a ajudar a Dona Maria a organizar o aniversário da Dona Belinha, pedindo colaborações de algumas pessoas para comprar o bolo, os doces, o salgado, a decoração, eu sempre corro atrás dessas doações para fazermos o aniversário dela, ela merece essa comemoração”, disse Josilea.
Quem é Dona Belinha?
A centenária não teve filhos biológicos, mas foi responsável pela criação e educação de cinco sobrinhos. Dois deles ainda vivem com Dona Belinha e hoje retribuem o cuidado que a tia que os criou como mãe teve por eles.
Segundo a família, Isabel Alves casou-se aos 14 anos e após o casamento engravidou. Devido a complicações na sua única gestação, a criança que era uma menina, nasceu sem vida.
Dona Isabel Alves de Carvalho, conhecida como Belinha, e o filho adotivo, Davi Alves. — Foto: Arquivo pessoal
Após a perda, Isabel e o marido, se mudaram para a cidade maranhense de Coroatá, onde viveram juntos por 30 anos até a separação. A família afirma, que na época, Dona Belinha era vítima de agressões domésticas.
Em 1975, Isabel Alves decidiu morar em Bacabal, cidade onde vive até hoje. Ela trabalhou vendendo comida no mercado central da cidade, por mais de 20 anos, onde ganhou o apelido carinhoso de ‘Dona Belinha’, no qual é reconhecida até hoje.
Casos brasileiros
Apesar do livro dos recordes reconhecer a japonesa Tanaka como a pessoa viva mais velha do mundo, o Brasil reivindicou o posto duas vezes no ano passado, com uma baiana e uma alagoana. Veja a história delas:
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