A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) enviou às secretarias estaduais um alerta sobre a possibilidade de adulteração de frascos da vacina CoronaVac, usada na imunização contra a covid-19.
Desde maio, a Anvisa investiga um possível caso de falsificação ocorrido no Maranhão. De acordo com a apuração, um frasco vazio de vacina foi reaproveitado para introdução de um líquido desconhecido. Um lacre adulterado também foi utilizado.
Como medida de segurança, a agência recomendou que profissionais de saúde designados para aplicação de vacinas verifiquem se os frascos recebidos pelo Instituto Butantan estão intactos. Além disso, os frascos vazios devem ser inutilizados. Possíveis irregularidades encontradas deverão ser comunicadas por meio do Sistema de Notificações para a Vigilância Sanitária (Notivisa).
Em nota a Secretaria Municipal de Saúde (Semus) informou que todas as remessas do imunizante Coronavac, utilizadas na campanha contra a Covid-19 em São Luís, são prontamente verificadas pelas equipes de imunização da Semus e da
Vigilância após recebimento do Governo do Estado. Até o momento não foi detectado qualquer indício de adulteração no imunizante.
Já a Secretaria de Estado da Saúde (SES) informou que, conforme as orientações do Ministério da Saúde e da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), contidas no Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19 (PNO), na 7ª edição, o município é o responsável pela notificação no NOTIVISA, sistema de informação para notificações de queixas técnicas, ficando de responsabilidade da Anvisa o gerenciamento da notificação.
A SES destacou ainda que a Superintendência de Vigilância Sanitária (SUVISA) também está acompanhando as investigações, uma vez que foi notificada pelo município. Dessa forma, a Anvisa instaurou processo de investigação em
parceria com a SUVISA, com recolhimento do frasco suspeito, que se encontrava em temperatura adequada para o armazenamento na Central Estadual de Armazenamento e Distribuição de Imunobiológicos do Maranhão (CEADI). A amostra está à disposição da Anvisa, que a levou para análise no Instituto Butantã, fabricante da vacina.