Uma pesquisa do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV), apontou que médico especialista é a ocupação com a melhor remuneração no setor privado no Brasil em 2023.
Na outra ponta, professores do ensino pré-escolar tem o salário mais baixo do país. A média para essa categoria está em R$ 2.285.
Segundo a pesquisa, com a pandemia de Covid-19, muitas transformações tecnológicas que estavam em curso foram aceleradas, gerando uma maior demanda por trabalhadores com conhecimento nas áreas STEM (Ciências, Tecnologia, Engenharia e Matemáticas) e uma maior valorização das habilidades socioemocionais.
Veja as profissões com os melhores salários no Brasil
Médicos especialistas – R$ 18.475
Matemáticos, atuários e estatísticos – R$ 16.568
Médicos gerais – R$ 11.022
Geólogos e geofísicos – R$ 10.011
Engenheiros mecânicos – R$ 9.881
Engenheiros não classificados anteriormente – R$ 9.451
Desenvolvedores de programas e aplicativos (software) – R$ 9.210
Engenheiros industriais e de produção – R$ 8.849
Economistas – R$ 8.645
Engenheiros eletricistas – R$ 8.433
Engenheiros de minas, metalúrgicos e afins – R$ 7.887
Engenheiros civis – R$ 7.538
Desenhistas e administradores de bases de dados – 7.301
Advogados e juristas – R$ 7.237
Engenheiros químicos – R$ 7.161
Analistas de sistemas – R$ 7.005
Desenvolvedores de páginas de internet (web) e multimídia – R$ 6.075
Veja as profissões com os menores salários no Brasil
Professores do ensino pré-escolar – R$ 2.285
Outros profissionais de ensino – R$ 2.554
Outros professores de artes – R$ 2.629
Físicos e astrônomos – R$ 3.000
Assistentes sociais – R$ 3.078
Bibliotecários, documentaristas e afins – R$ 3.135
Educadores para necessidades especiais – R$ 3.379
Profissionais de relações públicas – R$ 3.426
Fonoaudiólogos e logopedistas – R$ 3.485
Professores do ensino fundamental – R$ 3.554
Outros professores de música – R$ 3.578
Educação
Segundo dados do IBGE do 2º trimestre de 2023, profissionais que têm “superior completo” ganham, em média, quatro vezes mais do que quem tem “menos de um ano de estudo”, 2,5 vezes mais do que os que têm ensino “médio incompleto” e duas vezes mais do que quem tem “superior incompleto”.
Além disso, constatou que há uma relação inversa entre desemprego e nível de instrução. Ou seja, quanto maior o grau de escolaridade de uma pessoa, menor as chances de permanecer desempregada.
Os dados mostram que 3,8% das pessoas com ensino superior completo estão desempregadas. Já entre os que tem ensino médio completo ou não finalizaram o ensino médio, a taxa é de 9,2% e 13,6% respectivamente.
O levantamento mostra ainda que, no segundo trimestre deste ano, menos de ¼ (23%) da população ocupada no Brasil tem esse nível de instrução. Há dez anos, esse percentual era menor — em torno de 14%.
Das 98,8 milhões de pessoas ocupadas no segundo trimestre de 2023, cerca de 76 milhões (77%) não têm ensino superior. Isso significa que as ocupações com as melhores oportunidades salariais estão inacessíveis para a maior parte dos brasileiros.