Determinação de desembargadora do TRT não é obedecida por rodoviários e empresários e São Luís fica sem transporte coletivo pelo segundo dia consecutivo

Determinação de desembargadora do TRT não é obedecida por rodoviários e empresários e São Luís fica sem transporte coletivo pelo segundo dia consecutivo
Trabalhadora aguarda passagem de ônibus para chegar ao trabalho nas primeiras horas da manhã em São Luís

População prejudicada com suspensão do serviço 

Apesar da determinação da desembargadora Márcia Andrea da Silva, do Tribunal Regional do Trabalho (TRT), para que, pelo menos 60% da frota do transporte coletivo circulem, São Luís e os demais municípios da Ilha continuam sem ônibus. Vans, carrinhos, mototáxi, uber, táxi e outros são alternativas para quem precisa sair de casa.

Pela determinação da desembargadora, para cada dia sem ônibus, as entidades laboral e patronal pagarão multa de R$ 50 mil. Os rodoviários alegam que os patrões se recusam a negociar reajuste de salários, e estes argumentam que os reajustes de tarifas não cobrem aumento de custos.

O Sindicato das empresas de ônibus emitiu nota sobre a situação:

O Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros de São Luís (SET) esclarece que não compactua com as decisões tomadas pelo Sindicato dos Trabalhadores (Sttrema), que mais uma vez deixa a cidade sem ônibus, prejudicando o comércio e toda a população, e ainda descumprindo uma decisão judicial.

O SET informa que todas as concessionárias do sistema estão prontas para operar, na medida em que os custos permitem, e em cumprimento às decisões judiciais. A frota está à disposição dos trabalhadores para que a população não seja mais uma vez penalizada.

Esclarece ainda que tem estado em todas as negociações para buscar uma saída para o problema, que vem se arrastando desde outubro, e ainda não teve uma solução definitiva por parte do Poder Público. Na greve geral feita pelos trabalhadores, em outubro passado, a Prefeitura de São Luís reconheceu que não haveria como as concessionárias operarem o sistema, já com grande déficit, sem um aporte de valores para compensar as perdas.

E o subsídio que vinha sendo pago pelo município foi cortado e o reajuste de 20 centavos na passagem não é suficiente para que as concessionárias concedam aos trabalhadores rodoviários o reajuste solicitado.

Luis Augusto

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