O Maranhão registrou um aumento de 76,2% nos casos de zika, dengue e chikungunya no primeiro trimestre de 2022, em comparação com o mesmo período do ano anterior. Os dados são do Boletim Epidemiológico de Arboviroses, da Secretaria de Estado da Saúde (SES).
De janeiro a março deste ano, foram 527 casos confirmados, somando todas as doenças, enquanto em 2021 foram registrados 402 casos.
Ao todo, em 2022, já ocorreram quatro mortes por doenças relacionadas ao mosquito Aedes Aegypti, sendo três por dengue (duas em São Luís e uma em Raposa); e uma por chikungunya ocorrida em São Luís.
De casos já confirmados, os municípios que mais registram as doenças em 2022 são:
São Luís – 117 casos
São Raimundo das Mangabeiras – 85 casos
Alto Parnaíba – 52 casos
Porto Franco – 52 casos
Grajaú – 51 casos
Barra do Corda – 34 casos
Passagem Franca – 30 casos
Imperatriz – 28 casos
Balsas – 27 casos
Codó, cidade localizada a 310 km de São Luís, também registrou crescimento no número de casos de dengue. A ação do mosquito Aedes aegypti, na região, tem se tornado propícia, após a intensificação das chuvas. Nos últimos quatro meses, cerca de 21 casos da doença foram registrados.
De acordo com a Coordenação de Vigilância Epidemiológica do município, em média, cerca de três pacientes por dia têm procurado por atendimento médico com os sintomas da doença.
A coordenadora de Vigilância Epidemiológica, Janile Moura, pediu à população atenção no combate à proliferação do mosquito Aedes aegypti, com medidas que evitem a disseminação de larvas do agente transmissor da dengue, como a manutenção de água parada nas residências e o descarte irregular de lixo.
“A gente combater um mosquito da dengue não é só um trabalho da secretaria de saúde; não é só o trabalho do agente de endemias […] a população vai nos ajudar verificando seus quintais e não deixando acumular água”, disse a coordenadora
Municípios próximos a Codó, como a cidade de Peritoró, situada a 236 km de São Luís, também enfrentam o crescimento no número de casos da doença.
A coordenadora Janile Moura também explicou que os riscos oferecidos pelo mosquito Aedes aegypti incluem a transmissão de doenças como a chikungunya e o zika vírus, que, junto à dengue, colocam a vida da população em risco.
“São três doenças sérias. A dengue mata; o zika vírus pode causar microcefalia em bebês e a chikungunya tem toda uma sequela após o término dos sintomas”, finalizou.
Como medidas de prevenção e controle do mosquito, a Secretaria de Estado da Saúde recomenda as seguintes ações, que devem ser feitas por cada cidadão:
– Manter limpos os recipientes/locais de armazenamento de água
– Acionar a Secretaria Municipal de Saúde ou outro ente público quando forem identificados focos do mosquito Aedes Aegypti de difícil eliminação pelos moradores ou pela população
– Manter bem tampados tonéis, caixas e barris de água
– Encher pratinhos de vasos de plantas com areia até a borda ou lavá-los uma vez por semana
– Manter garrafas de vidro e latinhas de boca virada para baixo
– Guardar pneus em locais cobertos, protegidos de chuva
– Fazer sempre a manutenção de piscinas
– Encher com massa de cimento os cacos de vidro de muros
– Manter as calhas limpas para evitar coleção de água
– Lavar os tanques, caixas d’água, tonéis, jarros de planta (áreas internas e externas) com escova para retirada dos ovos do mosquito
– Dar destino ao lixo, não acumulando resíduos e recipientes nas áreas ao redor da residência
– As empresas de construção civil devem assegurar que as áreas de construção estejam livres de focos do mosquito
– As imobiliárias devem manter os imóveis sob sua responsabilidade limpos e assegurar a entrada dos agentes de controle endemias de combate a dengue dos municípios nos prédios para vistoria e tratamento de focos